Qualquer professor que "dá aulas", se daria por satisfeito, fecharia sua malinha e de seus alunos e comemoraria que poderia chegar mais cedo em casa. Ou antes, nem iria trabalhar, determinaria dia branco.
Mas acontece algo estranho, as crianças dão a volta e vão para trás da escola, seguindo alguém. Ai você descobre que não se trata de uma simples professora, você se surpreende por descobrir ali a essência do educador. Eles estão indo aprender juntos a conduzir uma horta. Os alunos trazem os conhecimentos da tradição passada por seus pais, a educadora disponibiliza-lhes instrumentos e outros conhecimentos. Erram juntos. Acertam juntos.
Mas as surpresas não acabam por aqui. A agente indígena de saúde, rindo-se do meu contentamento (espanto), diz: "Doutor, você não viu nada, eles escreveram um livro." Quando perguntei a eles: "Quem escreveu o livro?", na expectativa que me apontassem a professora, mas logo eles assumiram a autoria da obra: "Eu, eu, eu, eu", em uníssono.
Que surpresas mais o povo xukuru nos reserva?
Cada vez mais feliz e inspirado para trabalhar com esse povo!
Parabéns Roseane pelo lindo trabalho feito por seus educandos.
ResponderExcluirParabéns Bruno, pelo belíssimo trabalho que vens realizando em nossas aldeias!
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